Empatia Espacial e Ambiência Urbana Análise de um território urbano em mutação

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Leandro Cabral Silva
Douglas Luciano Lopes Gallo

Resumo

As discussões sobre as cidades e os chamados problemas urbanos, que se apresentam no contexto da economia capitalista, ganham cada vez mais relevância, predominando em trabalhos acadêmicos a crítica aos efeitos desagregadores que o mercado produz no espaço urbano. Entretanto, a dimensão humana que está presente no cotidiano da cidade, seus atores sociais e a vida nos bairros estão frequentemente ausentes nas análises já mencionadas. O presente trabalho insere-se nessa perspectiva, de valorização dos aspectos humanos e subjetivos responsáveis pela criação do sentido urbano para indivíduos e grupos. Objetiva-se relacionar a Empatia Espacial ao território do Bixiga, tradicional bairro da cidade de São Paulo/SP, buscando identificar signos emergentes que traduzem a relação do habitante com seu espaço, que é culturalmente construído (ambiência). O trabalho norteia-se metodologicamente pela Geosemiótica, que vincula a compreensão da paisagem urbana às suas qualidades físicas, históricas e culturais. O desenvolvimento da pesquisa permitiu considerar o Bixiga enquanto um bairro que possui Empatia Espacial, visto a coprodução geográfica do território pelos seus habitantes, que superam a lógica inorgânica e homogênea imposta a eles.

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