A MERCADORIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PERPETUADA PELO “NOVO” ENSINO MÉDIO E A FALSA AUTONOMIA
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Resumo
O presente trabalho propõe-se a tecer uma análise histórica e crítica da reforma do Ensino Médio de 2017, instituída pela Lei nº 13.415/17, e a refletir sobre seus objetivos para com a educação brasileira. Pretende, outrossim, levantar alternativas educacionais verdadeiramente emancipadoras se comparadas à agenda proposta pela legislação. Partindo para a leitura da lei, ao introduzir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os itinerários formativos, a reforma promete oferecer maior autonomia aos alunos. No entanto, a falta de infraestrutura nas escolas, especialmente nas públicas, impede a implementação eficaz dessas opções, perpetuando desigualdades e favorecendo a privatização do ensino. A reforma, ao focar na inserção dos estudantes no mercado de trabalho, reduz a educação a uma mercadoria, limitando a formação crítica da classe trabalhadora. Inspirada pelas políticas neoliberais globais e pelas recomendações de instituições financeiras internacionais desde o último quarto do século XX, a reforma reforça a visão individualista e utilitarista da educação. O estudo em questão aponta, então, que, para superar a mercadorização da educação e o sufocamento do educando, é essencial um processo que promova a liberdade de pensamento e a transformação social, indo além da simples transmissão de conhecimento e respeitando a autonomia dos educandos.
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