CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA CRÍTICA ÀS ANÁLISES SOBRE AS FORMAS COMO A EDUCAÇÃO CIENTÍFICA É ABORDADA NO NOVO ENSINO MÉDIO

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Pedro Henrique Joaquim
Anísia Gonçalves Dias Neta

Resumo

O presente trabalho apresenta resultados parciais de uma pesquisa- ainda em andamento – do programa de pós-graduação stricto senso pelo IFBA – Campus Catu, cuja linha de investigação se refere à formação de professore em educação científica e popularização das ciências. A pesquisa se dedica a compreender, sob às luzes da teoria crítica, bem como da pedagogia-histórico crítica, os modos como a educação científica aparece no novo Ensino Médio, compreendido como um dos principais expoentes das reformas neoliberais desde a década de 80 ao contexto contemporâneo. Neste aspecto, a pesquisa pautou-se sob a primeira e segunda teoria crítica da escola de Frankfurt, tendo como principais expoentes Adorno e Horkheimer, para em primeiro momento delimitar as – já tomadas como clássicas – diferenças entre teoria tradicional e teoria crítica. Posteriormente, e tomando a teoria crítica como uma tradição de pensamento, articulou-se esse arcabouço epistemológico às luzes da filosofia e da ciência da educação, e para tanto, utilizou-se como eixo a pedagogia histórico-crítica, tendo como principais expoentes Libâneo e Saviani. O próximo passo fora compreender, sobretudo por meio de pesquisadores do assunto, as relações diretas entre o novo ensino médio e a racionalidade contemporânea neoliberal pautada nas teorias: capital humano, pedagogia das competências, predominância financeira e lógica do empreendedorismo. Por fim, buscou-se compreender como a educação científica aparece na referida abordagem, sendo tomada de maneira esvaziada, tecnicista e dotada de pouca ou nenhuma profundidade contextual crítica e reflexiva. Sob as perspectivas metodológicas, a investigação – de caráter teórico, natureza básica e abordagem qualitativa - conta com os seguintes procedimentos técnicos: revisão de literatura; análise documental; investigação e levantamento de dados em fontes bibliográficas primárias e secundárias, especialmente em livros e artigos científicos; articulações conceituais e interpretação teórico-conceitual dos fenômenos.

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